Repositório CTS

1. Rede sociotécnica e inovação social para sustentabilidade das águas urbanas. São Paulo: UnB/Ed. Malhuy & Co. 2008

Publicada em 2009 com apoio do DPP/ UnB. Esta obra reúne resultados finais do Projeto Temático de pesquisa & desenvolvimento institucional intitulado Capacidade Governativa de Comitê da Bacia Hidrográfica e Metodologia Multicritérios para avaliação dos seus projetos (apoio Programa Políticas Públicas da FAPESP – Fundação Amparo a Pesquisa Est. São Paulo). O proponente foi seu coordenador geral tecnico-científico entre 1999-2003 (proc.98/13979-3 Fapesp). Publicada em 2008, sistematiza em 8 capítulos temas relacionados a (1) bacias urbanas, (2) a água sob o neoliberalismo, (3) A política dos usos múltiplos da água e os conflitos pela conservação; (4) A governança dos organismos de bacia; (5) Inovação social e técnica (6) A importância da representação civil no federalismo (7) A importância da metodologia multicriterial em organismos de bacia. Além das Conclusões, conta também com um posfácio do prof. Titular da USP de hidraulica, Aldo Rebouças, e prefácio de Elimar  Nascimento, do Centro de Desenvolvimento Sustentável, da UnB. 

Download (pdf)

2. NEDER, R.T. (organizador e co-autor)/SBPC/Comitê de Bacia Hidrográfica do Alto Tietê. Ciência, Ação Social e Sustentabilidade da Bacia Hidrográfica do Alto Tietê. Difusão Científica para Inovação de Pesquisa e Extensão. Anais Forum Tietê Vivo.  São Paulo. Editorial Maluhy & Co. 2012.  SBPC/ Agencia de Inovação USP/ Comitê da Bacia do Alto Tietê/Fundo Estadual de Recursos Hídricos – FEHIDRO). 

Publicada com apoio do Comitê da Bacia do Alto Tietê, SBPC e Universidade de Brasília – UnB Trata-se de obra coletiva gerada a partir de um projeto que teve como objetivo realizar ampla chamada de pesquisas tecnicientíficas e de ciencias sociais e humans realizados ou em andamento em universidades públicas no Estado de São Paulo, e promover a difusão de um certo número desses projetos em dois dias de um fórum intitulado TIETÊ VIVO. Uma vez selecionados 50 a 100 relevantes projetos em diferentes áreas e disciplinas, e apontadas suas vinculações com as atividades do Comitê da Bacia, procedeu-se à sua divulgação entre tomadores de decisão (agentes públicos, privados e não-governamentais) destacando potencial de cada projeto para o desenvolvimento sustentável da Bacia Hidrográfica). Na seqüência do encontro, foram selecionados dentre os aprovados 10-20 projetos com alto potencial de aplicação em escala local, mobilizando seus coordenadores para envolvimento com as Câmaras técnicas do Comitê da bacia, e com a gestão intermunicipal por meio de parcerias público-privadas. Foi critério de seleção o tratamento dos recursos hídricos numa ótica de sustentabilidade social, econômica, cultural, ecológica e ambiental em comunidades específicas da Bacia do Alto Tietê. A Comissão Julgadora foi de colegas da USP, UNESP e UNICAMP atuantes em todas as áreas de conhecimento. 

Download (pdf)

3. NEDER, R.T. (organizador e apresentador) A Teoria Crítica da Tecnologia de Andrew Feenberg – Racionalização Democrática, Poder e Tecnologia. Brasília: UnB. OBMTS/CAPES, número 3. 2010. 2a. ed. 2013 (esgotada). ISSN 2175-2478.

Primeira obra autorizada do filósofo contemporâneo estadunidense, Andrew Feenberg, publicada no Brasil. O proponente foi seu interlocutor e tradutor de alguns dos ensaios e capítulos reunidos na obra. O livro encontra-se em sua 2a. Reimpressão (a primeira deu-se em 2010, e a segunda em 2013). Feenberg foi conferencista estrangeiro convidado na UnB, a convite do proponente. É estadunidense com formação na França; foi aluno de Herbert Marcuse (1924-1984) na Califórnia durante os movimentos de contra-cultura nos anos 1960. Viveu e trabalhou na França,  Japão, Hungria e sua obra encontra-se traduzida em 10 línguas. Feenberg renovou a Teoria Crítica (Escola de Frankfurt) ao propor um novo olhar para a questão da tecnologia, o qual adota  perspectivas filosóficas e sociopolíticas dos Estudos Sociais de Ciência & Tecnologia dos últimos 30 anos. Contribui, assim, para a teoria e a ação diante do enorme poder e crescimento das aplicações tecnocientíficas.  Em sua obra destacam-se Critical Theory of Technology. (1991) Alternative Modernity: The Technical Turn in Philosophy and Social Theory (1995) Questioning technology. (1999) Transforming Technology: A Critical Theory Revisited (2002) Marcuse and technology: the catastrophe and redemption of enlightment.(2004). Atualmente ocupa a Cátedra de Filosofia da Tecnologia na Universidade Simon Fraser, Vancouver. Canadá. 

Download (pdf)

4. NEDER, R.T. (organizador e co-autor)  CTS e Produção de Conhecimento na Universidade. Var. Aut. Brasília: UnB. OBMTS/CAPES, número 4. 2013. ISSN 2175-2478.

A obra reune artigos antigos e novos, relevantes na atualidade para a compreensão dos jovens pesquisadores sobre a importância de um pensamento latino-americano (e sobretudo,  correlacionado com o brasileiro) de Estudos Ciencia, Tecnologia, Sociedade para o Ensino de Ciẽncias e de formulação de uma PCT brasileira. Desde a década de sessenta, currículos de ensino de ciências com ênfase em CTS vêm sendo desenvolvidos no mundo inteiro. Tais currículos apresentam como objetivo central, preparar os alunos para o exercício da cidadania e caracterizam-se por uma abordagem dos conteúdos científicos no seu contexto social. Nesta obra são discutidas, sob a ótica do ensino CTS de Ciências, e da política de ciência e Tecnologia CTS os pressupostos desses currículos, de modo a fornecer subsídios para a elaboração de novos modelos curriculares na área de Ciências da Natureza e suas Tecnologias os quais possam contemplar a finalidade da educação básica em preparar o aluno para o exercício consciente da cidadania. A obra reune 13 artigos que cobrem aspectos relacionados também à análise dos obstáculos institucionais e administrativos a incorporação destas mudanças no sentido amplo, de conhecimento e saberes fazeres que se deparam com quatro regimes de regulação: (a) regulação político-cognitiva na Universidade – envolve a disputa entre áreas especialistas de conhecimento, e áreas integrativas interdisciplinares como moeda de trocas na esfera tecnocientífica. (b) Regulação das normas técnicas – refere-se ao poder do Estado de sancionar dispositivos, instrumentos, equipamentos, medicamentos e componentes tecnológicos no processo social de reprodução da vida e da política de poder tradicional. (C) Regulação de mercados – regras de utilidade para valores de uso podem ser definidas em mercados sociais (a exemplo da política pública da economia solidária no Brasil). E (d) Regulação do trânsito ou mobilidade dos pesquisadores –  a educação, a ciência e a tecnologia não tem pernas próprias para chegar ao povo, devemos pensar no trânsito dos pesquisadores/conhecimento científico e tecnológico na sociedade como política de residência na sociedade). 

Download (pdf)

5. NEDER, R.T., RIOS, G. SANTOS, J.P.S (organizadores) – Agrourbania – uma abordagem CTS (ciência tecnologia sociedade) para pesquisa-ação participativa. Brasília: UnB. OBMTS/ MEC-SESU/Proext 2013, número 6. 2013. ISSN 2175-2478. 

Esta obra reune resultados de um projeto de pesquisa & extensão com forte ênfase na metodologia da pesquisa-ação, cujas atividades foram realizadas entre 2009 e 2012, na região norte do DF, tendo como núcleo associações e escolas de Planaltina-Df. Desenvovido como rede de experiências em agricultura urbana e peri-urbana, o projeto homonimo ao livro, OS resultados discutem as duas grandes vertentes de interpretação sobre Tecnologia Social (TS). A primeira considera a tecnologia como inovação sociotécnica, a qual é gerada pelos sujeitos sociais específicos no seu território comunitário e, portanto, como uma experiência que nasce em geral no circuito socioeconômico das economias de vizinhança, onde moram as pessoas envolvidas onde não há a separação entre a tecnologia e o sujeito social. Porém, na segunda vertente à tecnologia social é atribuída a forma abstrata de uma metodologia, produto ou processo concreto que foi retirado a partir da comunidade. Ou saiu e foi percebida pelo pesquisador tendo sido sistematizada/convertida em solução ou modelo ara problemas locais. Portanto, embora a tecnologia tenha nascido de uma experiência ou pesquisa entre sujeitos sociais específicos parte-se de uma perspectiva de reaplicação ao modelo em escala ampliada, valendo-se das qualidades intrínsecas da tecnologia social. As duas situações são discutidas nos resultados deste projeto publicados na obra em tela.

Download (pdf)

6. NEDER, R.T. (co-autor) e COSTA, Flavio (organizadores) – Ciência, Tecnologia, Sociedade e a Construção da Agroecologia. Var. Aut. Brasília: UnB. OBMTS-ITCP_UNB / SENAES/CNPq.  Número 7. 2015. ISSN 2175-2478.

Trata-se de obra coletiva apoiada por Projetos Temáticos de Pesquisa e Extensão da UnB Planaltina (Faculdade UnB Planaltina – FUP). Há contribuições de brasileiros, cubanos, chilenos e estadunidenses e indiana, atuantes em institutos de pesquisa, universidades e assessoria tecnocientífica aos movimentos sociais no campo em luta pela construção de uma nova política de ciência & tecnologia para a agricultura mundial. Os artigos aqui contribuem para aprofundar perspectivas teóricas para as práticas de ensino & agroecologia (parte 1), pesquisa colaborativa, extensão e pesquisa-ação em ambientes com produtore/as agroecológicas (parte 2) e elementos (recorrentes) das propostas agroecológicas para alteração de políticas de ciência e tecnologia contemporâneas (parte 3). Todos tem em comum o fato de indicarem ameaças decorrentes da agroindustrialização baseada em agrotóxicos e insumos químicos,  e, ao mesmo tempo apontarem oportunidades para universidades, órgãos de fomento governamentais e movimentos sociais  trabalharem juntos a fim de alterar as bases científicas da pesquisa, ensino e co-produção de conhecimento entre os atores chaves do movimento pela agroecologia contemporânea.  A obra apoiada pelos projetos temáticos “Observatório do Movimento pela Tecnologia Social na América Latina (www.obmts.unb.br)  e Núcleo de Estudo, Pesquisa e Extensão em Agroecologia e Sustentabilidade. Está destinada a todos que necessitam profissionalmente e como ciadadãos aprender como se dá a transmissão do saber-fazer sob a mediação dos pesquisadores nas correntes agroecológicas, gestores e técnicos administrativos sobre os critérios de cientificidade agroecológicas na atualidade.

Download (pdf)

7. NEDER, R.T. (organizador) e Var. Aut. Teoria crítica da Tecnologia. Experiências Brasileiras. Prefácio de Rafael Litvin Villas-0Boas.  Brasília: UnB. OBMTS.UNB / CAPES. Escola de Altos Estudos. Número 5. 2013. ISSN 2175-2478

Esta coletânea submete à crítica do leitor artigos de grupos de estudantes (de pós-graduação, graduação e extensão) reunidos durante as dinâmicas do I Curso sobre a Teoria Crítica na Universidade de Brasília, a partir da obra do filósofo contemporâneo Andrew Feenberg, ex-aluno de Herbert Marcuse. O curso ocorreu entre abril e junho de 2010 e resultou numa convivência que possibilitou aos estudantes criarem esta coletânea. Ela explora de forma ensaística, porém exaustivamente, quatro perspectivas de valores envolvidos nas correntes antigas e modernas da filosofia e sociologia da ciência e da tecnologia. As três primeiras são a instrumentalista, a determinista e a substantivista da tecnologia. A quarta é a própria teoria crítica da tecnologia. Admitimos que, para efeito dos trabalhos do I Curso, que a Teoria Crítica é a quarta e última visão porque ela se presta muito bem como ponto de observação a partir do qual melhor visualizamos o horizonte contemporâneo dos movimentos sociais, da economia e da política sobre o tema. Em astronomia e navegação marítima, esta posição chama-se azimuth (ou ponto de observação cujo ângulo medido no plano horizontal situa-se entre o meridiano do lugar do observador e o plano vertical que contém o ponto observado).  Dessa forma, as contribuições aqui reunidas dialogam a partir de um mesmo azimuth: os estudos sociais da Ciência e da Tecnologia. Embora sejam tematicamente variados e plurais, os textos conseguem dialogar intensamente com autores contemporâneos brasileiros e estrangeiros socioconstrutivistas, entre eles os que pertencem à Escola de Frankfurt e à herança da filosofia de Heidegger, além de Marcuse, especialmente com quem as abordagens aqui apresentadas mais dialogam e polemizam. Desta forma, à sua maneira, ajudam a renovar a matriz crítica sobre a racionalidade instrumental e os estudos da tecnologia.

Download (pdf)

8. NEDER, Ricardo T. e MORAES, Raquel de Almeida (Autores) Para onde vai a Universidade diante da Política de Ciência e Tecnologia no Brasil? Brasília: UnB. OBMTS.UNB / CAPES/Escola de Altos Estudos. Editora Navegando.
Número 8. 2017. ISSN 2175-2478.

Esta obra focaliza as tendências entre três processos interrelacionados: as tendências da política de ciência tecnologia e sociedade para atingir fins públicos gerando trabalho ocupação e rendimento para economia solidária (economia popular e comunitária), associadas à emergência na universidade brasileira de pressão do inovacionismo enquanto política de ciência tecnologia e inovação aplicada ao setor empresarial. E por fim, sua correlação com a formação e educação científica sob a pedagogia freiriana de educação popular/ a educação da linha CTS (Ciência, Tecnologia, Sociedade)/ e a pedagogia histórico-crítica (PHC). O livro discute a necessidade de ser superada a noção de neutralidade da política universitária, enquanto parte dos Estudos CTS que vem trabalhando há vinte anos com base epistêmica em torno de um eixo comum. Qual seja, problematizar o domínio do design ou do projeto técnico que se torna monopólio (em geral) de empresas protegidas por patentes. Qualquer que seja a resposta para superar essa ilusão de neutralidade, é necessário enfrentar três mitos recorrentes que a alimenta: a) crença gerada e difundida na superioridade do modelo de decisões tecnocráticas; b) a perspectiva salvacionista da C&T e o c) determinismo tecnológico. Mitos desse tipo não serão superados sem aumentarmos nossa capacidade dos estudos (sociológicos, educacionais, do movimento CTS, articuladamente) a fim de provocar um aprofundamento histórico-cultural amplo da formação tecnocientífica dos operadores tecnológicos nas carreiras, cursos, conjuntos epistêmicos (pressupostos filosóficos) em cada grande área da educação das engenharias, ciências da vida e da terra, ciências exatas, e ciências naturais.

Rede Nacional de Incubadoras Universitárias – ITCP

As ITCP’s enquanto rede de incubadoras atuantes em 68 universidades brasileiras, operam como espaço de pesquisa, ensino e extensão para projetos tecnocientíficos junto a públicos específicos entre cooperativas, associações, assentamentos, bairros populares, favelas e movimentos populares. Na UnB a ITCP está sediada na FUP e atua por meio de três projetos de pesquisa e extensão oficializados junto ao sistema

Siex/Dex: COOPERCARAJÁS, CALANGARTE E BN-TECNOLIBRE

A Gambiarra e o Panóptico (ensaios CTS sobre a moralidade da tecnologia)

Estes ensaios se inspiram na abordagem CTS (ciência-tecnologia-sociedade) também conhecida como Estudos Sociais da Ciência e Tecnologia (latinoamericana) e na Teoria Crítica da Tecnologia. Perseguem uma senda de pesquisa: a compreensão de um momento zero, constituinte, marcado pelo conhecimento sobre a interação teórico-práxis do trabalho mediado pelos objetos. Os sentidos deste momento de conversão do conhecimento em técnica são também práxis. Aqui falamos da ciência e técnica no sentido de tecnologia, que assume um duplo exercício de crítica e de reificação. Crítica diante de que (nem) toda técnica foi convertida em tecnologia (cientificizada), pois continua a ser obra de artifícies geniais cuja substância social (qualquer uma) vem ao mundo parida para resolver problemas práticos.

(180 páginas)

Sumário

Prefácio

  1. da toupeira de marx ao panoptico de bentham
  2. escravidão e tecnologia
  3. deslocamento
  4. a razão cínica
  5. meio século de eros & civilização
  6. objetos feitos humanidade
  7. o mal estar e o objeto técnico
  8. machina mundi
  9. o nascimento da economia solidária mundial
  10. o naturalismo moderno como (des)razão
  11. ciencia@machina.com
  12. as mil faces da técnica


https://lutasanticapital.com.br/products/a-gambiarra-e-o-panoptico-ensaios-cts-sobre-a-moralidade-da-tecnologia?_pos=1&_sid=703062f2d&_ss=r


Lançamento com mesa redonda virtual

Sociedade, tecnociências e controle digital: Contradições – Dicas de pesquisa

Free as in Freedom (2.0): Richard Stallman and the Free software Revolution

STERILIZING CYBERSPACE – Daniel Miller

Socialize The Data Centres! – Evgeny Morozov

DIGITAL COMMONS – Julian Stallabrass

Aspectos sociotécnicos da computação: contextualizando o desenvolvimento de sistemas de computação com o modelo Mikropolis – João Porto de Albuquerque

Entre os Sistemas Sociotécnicos e os Conjuntos Sociotécnicos: Tecnologia Social como Mediação Sociotécnica – José de Arimatéia Dias Valadão, Jackeline Amantino de Andrade

Taylorismo na produção de TI – Fabrício Augusto, Ricardo T. Neder

Tecnologías: manipulando la vida, el clima y el planeta – America Latina en movimiento

Não Neutralidade da Ciência-Tecnologia: Problematizando Silenciamentos em Práticas Educativas CTS – SUIANE EWERLING DA ROSA e DÉCIO AULER

Transgênicos no Brasil

TECNOLOGIA PARA O DESENVOLVIMENTO SOCIAL: DIÁLOGOS NIDES-UFRJ – Flávio Chedid Henriques, Felipe Addor, André Malina e Celso Alexandre Alvear et. al

Diagnóstico participativo de Agroecossistemas – Cidade Ocidental – GO

O objetivo deste trabalho foi caracterizar, de forma participativa, o agroecossistema local da área do grupo coletivo Carajás do Assentamento Cunha, em Cidade Ocidental, GO, considerando aspectos relacionados à agrobiodiversidade e práticas agroecológicas, características ambientais,socioculturais, econômicas e organizacionais. As atividades produtivas são diversificadas e o grupo coletivo planta culturas anuais, hortaliças, frutas,além de criar gado de leite, galinhas e abelhas. A produção é destinada ao consumo pelas famílias e o excedente é comercializado. Espécies nativas são encontradas na área, mas não ocorre atividade extrativa. O manejo dado aos sistemas produtivos é considerado como em transição para sistema agroecológico, a partir da utilização de poucos insumos externos. Não são usados defensivos químicos ou fertilizantes de alta solubilidade. Prioriza-se a diversificação dos cultivos e o plantio e multiplicação de diferentes variedades, bem como práticas de consórcios, rotações e sucessões de culturas, além da integração dos plantios com a criação de animais. Outra estratégia utilizada é a reciclagem dos nutrientes e da matéria orgânica produzida pelas plantas de cobertura utilizadas como adubos verdes, pelos resíduos das colheitas e pelos estercos animais.

Não aceite voto digital em sistemas proprietários!

Zoe Kooyman – Free Software Foundation

Nós da Free Software Foundation (FSF) lutamos pela liberdade para todos os usuários de software. Acreditamos que todos tem o direito de entender e estudar os sistemas que usam, e que ser impedido de exercer esse direito é uma violação de nossa liberdade. Isso se aplica primeiramente aos softwares que usamos no dia-a-dia, mas se torna ainda mais importante no processo democrático. Isto é particularmente relevante no caso da próximas eleições em novembro de 2020, nos Estados Unidos.

Um país livre tem a responsabilidade de assegurar que todos os seus cidadãos possam ser ouvidos, e que os processos eleitorais sejam transparentes e justos. Portanto, o que acontece se as pessoas ainda estiverem de quarentena em novembro, a fim de prevenir uma segunda onda do novo coronavírus? A medida que mais e mais atividades do nosso cotidiano passaram a acontecer online por causa da pandemia, nós vimos o surgimento de debates sobre a organização de eleições não-presenciais. Esta discussão parece estar abrindo caminho para um interesse renovado em eleições online como uma alternativa a votação presencial, o que é algo a se preocupar.

Argumento que, essencialmente, o software usado em qualquer etapa do processo eleitoral seja Software Livre publicado. É inaceitável que um mecanismo democrático tão importante seja posto nas mão de qualquer corporação de software proprietário visando lucro, e que controle o código-fonte, administração de dados, relatórios de bugs, atualizações e testagem. Nenhum benefício viria de requerer mandados a tribunais para permitir o estudo do código-fonte do software de votação, com o intuito de comprovar se o processo seria mesmo justo e democrático. Mas em adendo, eu talvez surpreenderia o leitor apresentando argumentos que, apesar de apoiarem a pauta de aumentar e facilitar o acesso para todos os que podem ser eleitores, a única forma verdadeiramente livre, ética e democrática de um sistema eleitoral seria na verdade um sistema que sequer usasse software.

A tecnologia pode ajudar nas partes não fundamentais do processo eleitoral, como por exemplo tornar mais rápidos os cálculos nos locais de votação ou processos de verificação, contextos em que a transparência é absolutamente vital, o que acarreta diretamente que os sistemas usados devem ser, portanto, software livre.

O código-fonte deve ser disponibilizado livremente para que qualquer um possa testar a aplicação, publicar modificações que podem ser adotadas para melhorar o software, e fazer recomendações (e correções), muito antes de o programa ser aplicado. Porém, sistemas digitais não tem espaço nas etapas principais do mecanismo eleitoral, como registro de eleitores, o voto em si e a contagem dos votos. Os especialistas tem isto por consenso, e irei explicar detalhadamente o porque mais a frente. Mesmo quando o código-fonte ainda está disponível, ainda que torne obrigatória a transparência e a reprodutibilidade, ainda se corre o risco de vulnerabilidades inaceitáveis.

Contagem de votos e o fiasco das prévias no estado de Iowa

Em fevereiro de 2020, durante o início das eleições primárias para definir os candidatos presidenciáveis nos EUA, o comitê eleitoral do estado de Iowa lançou um app inédito, criado para ajudar na contagem dos votos e gerar resultados de forma rapida e confiável. O que acabou acontecendo foi o contrário.

A prévia de Iowa foi um fracasso devido a problemas no app, que tinha design mal feito e não foi devidamente testado. O app foi desenvolvido pela Shadow Inc., uma companhia de tecnologia com fins lucrativos, que fornece infraestrutura “inteligente” para campanhas do partido democrata. As falhas não vieram a tona até as primárias, por causa da natureza proprietária do app.

Ainda que os resultados das prévias tenham chegado ao longo dos dias após a primária, surgiram debates e questionamentos sobre sua precisão, e os eleitores começaram a questionar o papel que a tecnologia deveria ter em nossas eleições. Esse desastre induziu outros estados a agir com cautela e majoritariamente, abandonar os planos de usar o mesmo app.

Mesmo antes do vírus ter se alastrado, jurisdições como Delaware, Georgia e Filadélfia já haviam se comprometido a substituir seus sistemas por urnas eletrônicas, apesar de seu risco inaceitável de interferência.

Voatz Inc., a empresa por trás do app de votação do mesmo nome, desenvolveu um programa piloto em 2019, afirmando que ele entregaria uma votação digital “segura”. O teste do app proprietário teve por foco pessoas com deficiência e pessoas residentes fora dos EUA. Colorado, Oregon, Utah, Washington e Virgínia Ocidental se inscreveram, mas estudos mostraram que o app tinha falhas de segurança, como deixar os votos visíveis e os expor a adulteradores. Pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) revisaram o app e encontraram um número alarmante de vulnerabilidades e problemas de privacidade.

Agora, em algumas primárias, alguns estados implementaram votação online usando um sistema chamado OmniBallot, afirmando que ele ofereceria votação remota segura durante o vírus. Democracy Live, a organização por trás do sistema usado em Delaware, Virgínia Ocidental e Nova Jersey, declara que o sistema não é de fato de votação online, porque uma cédula de votação ainda é gerada quando é feito download da cédula virtual do eleitor pelo comitê de votação. Mas isso não leva em conta o fato de que os votos ainda são feitos eletronicamente e transmitidos online, o que significa que eles ainda estão vulneráveis a falsificação. Na prática, o OmniBallot também foi revisado pelo MIT, e de novo, a conclusão foi que o sistema é inseguro. Foi provado que era vulnerável a manipulação, além de não ter nenhuma política de privacidade para lidar com a informação sensível dos eleitores.

Explicando as vulnerabilidades

Ainda que diversos estados queiram gastar milhões de dólares de impostos para implementar sistemas de votação online em escala maior ou menor, simplesmente não há forma segura de fazer isso. O The Observer explica que o projeto de um sistema tem que levar em consideração vários fatores, desde verificação de identidade a criação de cédulas virtuais secretas, passando pelo ato de votar em si a mandar esse voto ao comitê eleitoral, e então verificando novamente no outro lado. Tornar todas essas etapas realmente seguras é quase impossível.

Especialistas em segurança vem a longo tempo também expressando preocupação. Depois das eleições presidenciais de 2016, a Academia Nacional de Ciências (NAS) conduziu meticulosa pesquisa sobre o futuro do processo eleitoral, e publicou um relatório chamado “Securing the vote: Protecting american Democracy”. O prefácio do documento de 157 páginas declara: “Nós somos constantemente lembrados por notícias, audiências no congresso e por relatórios da comunidade de inteligência da extraordinária ameaça por parte de atores estrangeiros do uso de armas cibernéticas e redes sociais para manipular o eleitorado, atingir nossas eleições e semear dúvidas sobre a integridade do processo eleitoral”.

O relatório menciona que em 2016, a eleição presidencial dos Estados Unidos foi visada por um governo estrangeiro, e informações de eleitores foram capturadas. Ainda que as consequências exatas desta invasão sejam ainda amplamente desconhecidas, o medo da vigilância por atores externos e a intromissão nos resultados é obviamente justificável. A NAS concluiu que o sistema sendo usado é vulnerável a ameaças internas e externas, e recomenda cédulas de votação de papel verificáveis, auditorias e distinções claras entre os diferentes elementos do processo.

Cédulas de papel e processos não eletrônicos pela democracia

A única forma possível em que podemos atestar a legitimidade das eleições é com plena transparência e controle. Atualmente, a melhor forma de se conseguir a transparência é por meio de cédulas individuais de papel. Obteremos um resultado mais próximo do justo possível trabalhando com um sistema não-eletrônico.

Se precisarmos fazer votações remotas, na contramão de alguns posicionamentos, o voto pelo correio é um retorno confiável. Um estudo pela Universidade de Stanford concluiu que: 1) O voto pelo correio não tende a alterar as taxas de comparecimento em nenhum dos partidos. 2) O voto pelo correio não tende a aumentar a quantidade de votos de nenhum dos partidos. 3) o voto pelo correio aumenta modestamente as taxas médias gerais de participação, de acordo com as estimativas anteriores.

Todas as três conclusões reforçam o conhecimento dos especialistas em administração eleitoral, e contradizem muitas opiniões midiáticas populares.

Do registro do eleitor a contagem dos votos, todas as etapas do processo de votação poderiam ser hipoteticamente realizadas digitalmente. Mas votar é um sistema altamente pessoal, sensível e complicado, que envolve entidades muito poderosas e onde a liberdade está em jogo. Programas de software livre nos mostram o sistema e nos permite que o melhoremos. No entanto, não garante que todo o processo seja a prova de falhas. Vamos, portanto passar longe de sistemas digitais por enquanto, por nossa liberdade.

Texto original – Don’t let proprietary digital voting disrupt democracy

https://www.fsf.org/blogs/community/dont-let-proprietary-digital-voting-disrupt-democracy

Tradução – Fabricio Augusto

Relatório técnico parcial – CooperCarajás

dez 2018

Processo: 441893/2017-1/ Edital SENAES/CNPq: INCUBADORAS DE EMPREENDIMENTOS ECONÔMICOS SOLIDÁRIOS

COOPERCARAJAS – PRODUÇÃO AGROECOLÓGICA, TECNOLOGIA SOCIAL E ECONOMIA SOLIDÁRIA NA COOPERATIVA DE PRODUÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO AGROECOLÓGICA CARAJÁS

Coordenador: Ricardo Toledo Neder
Universidade de Brasília
PERIODO: NOV/2017 a SET/2018

SUMÁRIO

Nota Explicativa

  1. Atividades previstas originalmente no projeto aprovado
  2. Atividades realizadas no período de fev/2018 a out/2018
  3. Resultados alcançados em termos substantivos (escopo)
  4. Objetivos e resultados por alcançar
Continue lendo “Relatório técnico parcial – CooperCarajás”